Edição nº 260 - Julho de 2022 - ano XXII
Matérias inseridas no portal do jornal OLHO NU no mês de julho de 2022 na íntegra.
As novidades desta edição
A Colina do Sol, mesmo no Inverno, oferece atrações inesquecíveis.
Julho marca o início do segundo semestre do ano. Sim. Já estamos no segundo semestre de 2022. Seis meses já se passaram voando. O friozinho continua deixando os naturistas nas suas “tocas”, esperando aqueles momentos ensolarados e com temperaturas mais altas. Mas as associações não estão paradas. Promovem eventos nudistas e têxteis também. Fazem eventos indoor e até aproveitam eventos culturais para serem visitados ao natural. Então procure se informar onde eles acontecem e participe. Não deixe o Naturismo esfriar juntamente com a temperatura ambiente.
Porém há aqueles que confundem a ação de não deixar o “Naturismo esfriar” com esquentar o Naturismo. Promovem encontros de pessoas nuas, proibido para menores de 18 anos e com intenção de facilitar
encontros sexuais. Foi assim que, segundo a revista Veja SP, uma “tardezinha nudista” em uma boite na cidade de São Paulo se transformou num ambiente quente, mas infelizmente associando ao Naturismo. O jornal OLHO NU está longe de definir o que as pessoas podem ou não fazer de suas vidas e que tipo de comércio de entretenimento vai disponibilizar, mas pede respeito ao Naturismo e aos Naturistas. Se cada um se mantiver em seu quadrado dificilmente haverá problemas.
Matéria da revista VEJA SP, conhecida como "Vejinha" mistura conceitos de Naturismo com outras filosofias com objetivo sexual e desagrada toda a comunidade Naturista do país. A Federação Brasileira de Naturismo emitiu uma nota de repúdio à reportagem da revista.
A propósito do recente caso do assassinato do indigenista brasileiro e o jornalista britânico em plena Selva Amazônica, Paulo Pereira faz um breve depoimento, quase um desabafo clamando por uma reforma radical da política socioambiental brasileira sob rigorosa orientação científica, sem versões cínicas, sem perseguição aos povos indígenas, sem sustentabilidades frágeis, oníricas.
A NUDEZ DOS INDÍGENAS DO BRASIL é o título do novo NATArtigo de Arthur de Lacerda, onde, a partir do livro escrito por Jean de Lèry, ele conclui que a nudez de nossos silvícolas tem a ver com a forma que eles se relacionam com a natureza, usando-a somente por suas necessidades reais. Confeccionar roupas estava fora deste uso equilibrado.
Também Arthur de Lacerda traz tema para debate em NATDiálogos, aliás um muito debatido e polêmico: A recusa de homens desacompanhados, sobretudo solteiros, divorciados, viúvos, homossexuais, em dados ambientes naturistas é discriminadora e injusta.
Mal terminou a 5ª edição, já tem data para o próximo Nus no Rio - a sexta edição. Confira em NATRegistro.
Vereador de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, elabora projeto de lei municipal que proíbe a prática do Naturismo na praia do Pinho. Em NATPraias. Assine o abaixo-assinado que pede a manutenção do Naturismo com apoio das autoridades públicas na priemira praia naturista do Brasil. Em NATLuta.
O Planat vai reunir Vestidos e Pelados em seu evento de agosto: "mulheres calouras" (primeira vez na área naturista) poderão fazer top-less.
O NATParaná vai organizar um Luau de Primavera em setembro.
Do México vem uma matéria a respeito da Primeira Marcha Nua de Guadalajara, onde uma centena de participantes desfilaram vestindo apenas sapatos, tênis, chapéus ou algum outro acessório, buscando “desnudar a mente dos preconceitos” de todas as pessoas. Leia em Nudez & Sociedade.
Naturistas do SPNat vão repetir a dose e vão ao teatro, nus! mais uma vez, para assistir a peça "Vestir os Nus", de Luigi Pirandello. Vai acontecer em São Paulo capital. Veja como participar em Naturismo & Sociedade. Após a apresentação haverá roda de conversa sobre o Naturismo.
Img: Arquivo pessoal
Recepção da praia de Barra Seca
O naturista não só vai ao teatro assim como também faz teatro. Márcia Mística é a autora de uma peça musical sobre Luz del Fuego. O trabalho está em fase de pré-produção e selecionando elenco para atuar. Reunindo uma equipe técnica de brilhante currículo a produção pretende viajar pelo Brasil com o espetáculo. Veja em NATVariedades.
Leia a resenha do "arraiá" do NATCop.
Está marcada a data da décima terceira edição do Tambaba Open de Surfe Naturista. Em NATEsportes.
Em 2022 haverá três oportunidades imperdíveis para participar da excursões étnicas por aldeias indígenas do Xingu. São Vivências e imersões totais junto com o modo de vida destes povos originais do Brasil. Em NATPasseio. E para 2023? Pode já se preparar para mais um Cruzeiro Naturista pela Amazônia.
A Barraca do Juvenal, o conhecido point naturista da praia de Massarandupió na Bahia, vai realizar o Luau do Juvenal em setembro.
A Federação Brasileira de Naturismo divulgou ofício convidando as associações naturistas federadas para sediarem a realização do próximo Congresso brasileiro de Naturismo, em 2023, que terá o tema "35 anos de Federação Brasileira de Naturismo".
Naturismo é fraternidade e amizade
Em NATInforme ClaNUD leia que a cidade de Cartagena das ìndias, na Colômbia, sediará em 2023 o Primeiro Festival Nudista.
Boa leitura. Boa reflexão. Bom lazer.
Até a edição de Agosto de 2022.
Pedro Ribeiro
Editor
Luau do Juvenal em Massarandupió
Dia 10 de setembro na praia naturista de Massarandupió, na Bahia.
(enviado em 17/07/22 via WhatsApp)
Arraiá do NATCop - A resenha
(enviado em 14/07/22 via WhatsApp)
Festa Retrô no NATIbiúna
Obs: A associação NATIbiúna não é filiada à Federação Brasileira de Naturismo
(enviado em 11/07/22 via WhatsApp)
Luau de Primavera no NATParaná
(enviado em 22/07/22 via WhatsApp)
Encontro têxtil do NATParaná
Sábado, dia 16 de julho, o Grupo NatParana fará um evento têxtil para reunir os naturistas. Será uma excelente oportunidade para reencontrarmos e também para conhecer os novos naturistas que estão chegando... além de comemorarmos o aniversário do secretário do grupo, Léo Spinola.
Evento têxtil tem a finalidade para falarmos sobre o grupo... sobre naturismo... sobre a Federação Brasileira de Naturismo.
Esperamos todos vocês!
Será cobrado o valor de R$20,00 por pessoa. Importante levar bebidas da sua preferência.
Abaixo segue o pix do grupo:
natparana2019@gmail.com
Favor enviar o comprovante de depósito.
Confirmar até o dia 10 de julho.
Sua presença é muito importante.
(reenviado em 05/07/22 via WhatsApp)
Vestidos e Pelados
(enviado em 10/07/22 via WhatsApp)
Vem aí a sexta edição do Nus no Rio
(enviado em 25/07/22 via WhatsApp)
Um ano de Happy Hour naturista em São Paulo
(enviado em 15/07/22 via WhatsApp)
Encuentro Naturista Nacional Manabí, Ecuador.
Previsto para ocorrer entre os dias 16 e 18 de julho passado, o Encontro Naturista Nacional Manabi teve que ser adiado por motivo de força maior.
Mayte Roldán, a anfitriã do evento em seu país, Equador, explica que por causa de uma série de greves dos meios de transporte públicos, por mais de vinte dias, que impediram a locomoção das pessoas dentro do país, foi impossível manter parte da progarmação que ocorreria na praia de Manta, a organização teve que devolver os valores pagos às pessoas que haviam se inscrito para participação. Em vex disso fizeram uma pequena reunião em Quito, "que foi muito simpática" e contou com alguma presença de naturistas internacionais, como de Colômbia e da França. O ambiente teve almoço, bate-papo e piscina, com muita integração e diversão.
O evento terá que ser transferido para Novembro. Naturismo Ecuador organizará e anunciará devidamente.
(enviado em 20/07/22 via WhatsApp)
Primeiro festival internacional nudista da Colômbia
Cartagena de Indias é a rainha indiscutível da costa caribenha, uma cidade histórica de beleza magnificamente preservada que fica dentro de impressionantes 13 km de paredes de pedra coloniais centenárias. A antiga cidade de Cartagena é um Patrimônio Mundial da UNESCO: um labirinto de becos de paralelepípedos, varandas cobertas de bougainvillea e enormes igrejas que lançam suas sombras sobre praças arborizadas.
As praias da cidade incentivam passeios, descanso e diversão com a brisa refrescante e as águas quentes do mar; seu clima tropical permite seus diversos encantos. A temperatura em Cartagena ao longo do ano é de 27°C em média. Um clima ideal para conhecer a cidade murada, os restaurantes, entre outros lugares emblemáticos de 'La Heroica'. Emoldurada por uma bela baía, Cartagena de Indias é uma das cidades mais bonitas e mais bem preservadas da América;
um tesouro que, hoje, é um dos destinos turísticos mais visitados da Colômbia.
Nós, da Comunidade Nudista Outra História queremos oficializar a promoção do Primeiro Festival Nudista 2023, que será realizado na cidade de Cartagena-Colômbia; você pode fazer parte deste grande evento, com o qual esperamos uma participação de convidados nacionais e estrangeiros. Nosso principal objetivo é posicionar a Colômbia como um destino turístico para pessoas que amam nudismo tanto quanto nós, e é por isso que todos os anos a localização do festival vai mudar.
Serão 4 dias de descanso e desconexão com o natural, compartilhando com amigos e conhecidos do nudismo.
Nas acomodações no hotel teremos a disponibilidade de 10 quartos privativos e 29 quartos compartilhados, para um total de aproximadamente 150 pessoas.
Atividades
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Festa noturna na praia
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Tours
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Visitar
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Caminhada
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Festa
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Desporto
Prepare-se para o fim de semana de 17 a 20 de março de 2023. Um fim de semana inesquecível!
Para reservas e mais informações acesse a página virtual do evento em Nudista Festival 2023 – Comunidade Nudista Outra História (comunidadnoc.com)
(enviado em 11/07/22 via WhatsApp)
FBrN anuncia edital para a realização do XVIII do CongreNAT
A Federação Brasileira de Naturismo divulgou na última segunda-feira, 18 de julho, o ofício que dá início à campanha para a realização da décima-oitava edição do Congresso brasileiro de Naturismo.
Este primeiro momento é um convite às associações federadas de todo o Brasil para se organizarem e apresentarem projeto para concorrerem a sediar o grande evento, que deverá ocorrer nos dias 10, 11 e 12 de Fevereiro de 2023. Nesta ocasião serão eleitos os membros da nova diretoria executiva da FBrN (Presidência, Vice-Presidência e Diretor Financeiro) e membros do Conselho de Ética.
Representantes de várias entidades naturistas nacionais estiveram presentes ao primeiro CongreNAT coberto pelo jornal OLHO NU, em 2002
Jovens da recém-criada YNAI prestigiaram o X CongreNAT no Rio de Janeiro
Brasileira de Naturismo” e informações detalhadas sobre o local onde ele ocorrerá, capacidade, preços previstos para os participantes, também um esboço das atividades programadas até o dia 15 de Agosto de 2022. As propostas serão avaliadas pela diretoria, podendo pedir esclarecimentos específicos durante o processo.
A área escolhida será divulgada até o dia 31 de Agosto de 2022. Obs: Estes prazos previstos poderão ser prorrogados se até a data limite nenhuma associação filiada apresentar um projeto exequível.
As datas poderão ser alteradas dependendo da pandemia ou de situações adversas. A proposta deverá ser enviada para o email presidencia@fbrn.org.br com cópia para o email secretaria@fbrn.org.br.
A área onde haverá o evento deverá ter capacidade para reunir em torno de 80 pessoas confortavelmente, com espaço para atividades ao ar livre. Deverá haver local para hospedagem para as mesmas 80 pessoas no mínimo, de preferência no mesmo local onde haverá o evento, mas não é uma condição primordial. Deve haver espaço para duas reuniões gerais (auditório, pátio fechado com cadeiras ou similares): uma Assembleia Geral Ordinária e uma Assembleia Geral Extraordinária. Espaço para uma reunião menor, sendo esta do Conselho de Ética. Deverá constar no projeto, no mínimo 01 atividade cultural, que poderá ser têxtil, caso não seja possível ser atividade naturista.
As associações e entidades interessadas deverão enviar seu projeto com o tema “35 anos de Federação
Membros da ANAbricó posam diante da faixa de boas vindas no XII CongreNAT
Esclarecimentos pelo telefone ou whatsapp 11-98308-6966 (Presidente Paula)
Nota de repúdio à matéria da revista Veja
A Federação Brasileira de Naturismo apresenta nota oficial de repúdio à publicação da revista Veja, em seu suplemento conhecido como Veja SP, onde apresenta uma matéria sobre uma festa de cunho sexual como se fosse uma festa naturista. A matéria original da revista e a nota de repúdio do jornal OLHO NU estão disponíveis na seção De Olho na Mídia.
(enviado em 10/07/22 via WhatsApp)
A NUDEZ DOS INDÍGENAS DO BRASIL
Arthur Virmond de Lacerda Neto
Julho de 2022
O pastor francês João (Jean) de Léry esteve no Brasil por volta de 1550 e escreveu interessante livro em que narra suas observações aqui (Viagem à terra do Brasil) e em que reproduz declaração de um tupinambá: “Não será a terra que vos nutriu suficiente para alimentá-los também? Temos pais, mães e filhos a quem amamos; mas estamos certos de que depois da nossa morte a terra que nos nutriu também os nutrirá, por isso descansamos sem maiores cuidados."
Podemos examinar a resposta de tupinambá à luz da nudez dos indígenas: interpretemo-la como se referindo também ao vestuário, sentido em que a suficiência da terra coincidiria com o aprazível do clima, que tornasse desnecessário revestir o corpo humano para resguardar-se da intempérie. É o caso do cálido clima da maior parte do Brasil (exceção feita ao sul), em que os autóctones viviam nus não somente em decorrência de seu estado civilizacional, como também graças à temperatura predominantemente quente.
A nudez indígena correspondia-lhes a estado de adaptação do organismo humano ao meio, semelhantemente ao que se verificava e verifica com outros povos de clima quente, cuja indumentária é naturalmente ligeira, a exemplo dos antigos egípcios (amiúde de torso nu), dos gregos da antigüidade (afeitos à nudez total nos jogos, nos ginásios e fora deles), de outros povos, que Ricardo (Richard) Ungewitter, o grande promotor do nudismo na Alemanha, invocou em seus livros celebérrimos no ambiente de língua alemã e ignoradíssimos
"Historia navigationis in Brasiliam…". Escrito por Jean de Léry, publicado em Genebra, 1586.
Img: São Paulo in foco
João Ramalho, considerado amigo dos índios barsileiros, foi o primeiro nudista não índigena do Brasil.
no Brasil. João Ramalho, famosa personagem da história brasileira do século XVI, foi o primeiro nudista do Brasil: nu vivia (no Brasil) e nu deparou-se-lhe Martim Afonso de Sousa.
Na atualidade, o vestuário informal é despojado: bastam camiseta com mangas ou sem elas, calções, chinelos e (como dizem os portugueses), "já está”: mais não é preciso. Abaixo terno, gonilha, paletó, calças, em dias quentes.
Nos 35 graus de Cuiabá, nos 40 graus do Rio de Janeiro, onde esteja quente, não há melhor do que andar-se nu em casa, e seria desejável que o etos dos brasileiros houvesse herdado a nudez social, a nudez natural dos silvícolas, sua atitude inocente para com a
nudez: não a estigmatizavam, não a associavam com sexualidade, erotismo, desrespeito, vergonha e malícia, associações que nos foram incutidas pelo cristianismo (embora nele próprio haja corrente nudista, recorrente na história várias vezes, e tem por nome adamismo).
Lição de tupinambá poderia ser a de que o traje há de corresponder ao clima, o que para nossa geração parece óbvio ou deveria sê-lo; contudo por séculos, o traje deveria corresponder ao pudor, ao velamento: estava o vestuário a serviço da vergonha do corpo e de sua (alegada) indecorosidade, que não do conforto dos vestidos: é a mentalidade constituída com o concílio de Trento (séc. XVI), que se entranhou assaz no espírito dos ocidentais e que a igreja católica incutiu nos brasileiros desde Anchieta e Nóbrega, e que neles insistiu de 1930 ao diante. Tal espírito, porém, não é originalmente cristão, senão pagão, originário dos povos orientais, especificamente dos persas. Ciro criou o traje meda ou persa, que encobria o corpo de todo, para ocultar-lhe os defeitos e enquanto os gregos celebravam o corpo atlético e a beleza das formas, os persas ocultavam seus corpos do pescoço aos pés. Por sua vez, os cristãos dos séculos IV e V inverteram o espírito grego e criaram o espírito cristão, que com a vergonha de ser visto nu e da nudez, erotizaram-na, sexualizaram-na e reprimiram-na.
Era tal o poder espiritual do cristianismo, que a nudez social, forma de estar e de viver milenar entre indígenas, subitamente foi contrariada e perimiu: um dos primeiros cuidados dos jesuítas foi o de mandar vir panos para cobrir os índios, em nome de valores que não eram os deles, de crenças que não eram as deles, com estigmatização do pinto, da bunda, do clitóris, da vagina, dos peitos, partes que eles encaravam com naturalidade.
Sirva-nos a lição que pudera ser a de tupinambá citado por João (Jean) de Léry e que é a dos tupinambás e dos mais silvícolas do Brasil: a vestimenta há de toar com o clima; nada há de errado nem de mal na
O traje há de corresponder ao clima: A nudez indígena corresponde ao estado de adaptação do organismo humano ao meio
nudez; vergonha do corpo nu não se justifica. Acrescento: toda praia deve ser de nudez facultativa, e julgo singular que as haja abundantes na Europa, onde não havia tupinambás, e rareiem no Brasil, onde os havia, e os mais indígenas, tudo nu sem malícia nem vergonha de suas nudezes.
(enviado em 12/07/22 por Arthur Virmond de Lacerda Neto)
A RECUSA DE HOMENS DESACOMPANHADOS É DISCRIMINADORA E INJUSTA.
por Arthur Virmond de Lacerda Neto.
Julho de 2022
A recusa de homens desacompanhados, sobretudo solteiros, divorciados, viúvos, homossexuais, em dados ambientes naturistas é discriminadora e injusta.
Tal discriminação torna o nudismo privilégio de casais e atribui-lhe aspecto "familiar", que o aproxima da pregação dos atuais conservadores: "deus, pátria, família". Discriminações são malvistas em nossa sociedade, em que queremos inclusão e praticamo-la em relação a mulheres, homossexuais, retardados, mulatos etc.. todavia, em antagonismo com os valores prevalecentes nas sociedades ocidentais e esclarecidas, os meios nudistas praticam acepção de homens desacompanhados, máxime solteiros. Creio que essa discriminação não suscita mais escândalo porque tais meios são escassamente conhecidos e rara gente com eles se importa.
Foto de Mateus Graff
Não se pode presumir que todo solteiro (ou varão desacompanhado) seja namorador, assediador das esposas alheias ou perigoso para a santidade das famílias (que discurso conservador !) ou homossexual (sê-lo é errado, proibido, indecoroso, pecaminoso ?). Na verdade, a acepção de solteiros e de homens desacompanhados é profundamente retrógrada e odiosa; como todo preconceito, importa em generalização injusta para com as pessoas. Essa regra está errada; correta é a regra de que todo nudista deve saber comportar-se, solteiro ou não; e que se chame a atenção de quem se comporte mal. Enquanto no direito ocidental e na constituição da república brasileira há o princípio da inocência (de que todos são inocentes até que se lhes demonstre a culpa), nos meios naturistas dá-se o inverso: todo varão desacompanhado é culpado de assediar a mulher alheia; presume-se-lhe o mau comportamento, como se todo varão solteiro fosse, inerentemente, assediador e perigoso para o casamento alheio, o que, aliás, dá o que pensar acerca da fidelidade das esposas, da fragilidade dos casamentos e da insegurança dos maridos.
Pela exigência de os varões estarem acompanhados, resulta que homem casado acompanhado de sua amante ou padre, de prostituta, são bem-vindos, porém marido naturista cuja mulher não o seja, não.
Tudo está errado nessa regra estúpida, que afasta pessoas e cria má imagem do naturismo: imagem de que é grupo preconceituoso e discriminador, embora ponham panca de livres de tabus. São livres de tabus em relação ao corpo, mas fomentam outro, em relação a solteiros e desacompanhados. É cômico. O naturismo está errado, aí; nesse ponto, e corresponde a foco da mentalidade mais arcaica da sociedade brasileira, equivalente à de certas seitas religiosas muito em voga atualmente, com sua pregação veterotestamentária.
É surpreendente que tais grupos religiosos combatam a nudez com argumentos bíblicos, e que os nudistas preguem a nudez e pratiquem-na, porém recusem homens solteiros e (vários) sejam homofóbicos. Uns e outros são igualmente preconceituosos, em sentidos diferentes.
Alguns grêmios naturistas repelem solteiros por suspeita de homossexualidade, quando não repelem, homofobicamente, os fanchonos. Nos dias atuais, findou a heteronormatividade, nas camadas esclarecidas das sociedades ocidentais, vale dizer, a obrigação moral e social de ser ou parecer hetero; a homossexualidade é aceitada como condição normal do ser humano (e dos animais); no Brasil, desde 2011 o casamento homo existe. Manter homofobia é atitude das mais arcaicas e retrógradas, ainda sustentada por igrejas evangélicas, núcleos de arcaísmo mental em relação à sexualidade em geral.
Julgo espantoso que no meio nudista se suspeite de fanchonice os solteiros, como se ser fanchono fosse reprovável. Na verdade, essa proibição revela, como sempre, a sexualidade malresolvida de muitos nudistas, na verdade homossexuais enrustidos, em reação mui bem conhecida: quase todo homofóbico é enrustido, tem desejos homossexuais. Na mente homofóbica de muitos nudistas, a forma de afastar a "tentação" é afastar os presumíveis "tentadores".
Ademais, há casais homossexuais: são homens acompanhados de homens; se o problema está em estar desacompanhado, os casais casados ou namorados, de homossexuais, já não estão desacompanhados.
Outra coisa: por que tanta preocupação de muitos com ereções (itiomisofalia) ? Por que ter de ocultar o que é natural e involuntário ? A ereção é vergonhosa, é ofensiva, é atentatória da santidade do casamento alheio ? É sinal de assédio ? Ou é fenômeno incontrolado pela vontade humana ? É justo não se ostentar a ereção, não andar homem de pênis ereto, ostensivamente, em atitude tal que delibere chamar a atenção para ele; por outro lado, é injustificável tratar a ereção como se fosse vergonhosa, indecorosa, constranger homem a mergulhar, a sentar-se de pernas cruzadas, a velar o pênis com toalha. Os naturistas têm preconceito contra a ereção, sexualizam-na, estigmatizam-na, o que também certamente inibe muitos interessados em associar-se a seus grêmios.
Atitude de indiferença para com a ereção é bem melhor: se ocorrer, tratemo-la como não-assunto. Não se cuida de fingir que não ocorre, mas de, cônscios de que ocorre, estarmos em relação a ela assim como estamos em relação à respiração (que decorre naturalmente, perante a indiferença dos circunstantes) ou aos espirros (aliás, são problemáticos os espirros, que difundem vírus, ao passo que as ereções somente o são na mente de quem se importa com o pênis alheio).
Libertários por um lado, certos ambientes naturistas são caretíssimos e odiosos por outro: precisam de erradicar seus bárbaros preconceitos, suas restrições discriminadoras e suas atitudes irrazoáveis.
(enviado em 12/07/21 por Arthur Virmond de Lacerda Neto)
Nota do Editor: O jornal Olho NU não concorda necessariamente com todas as opiniões e textos que em suas edições são publicados, no total ou em parte. Mas defende a livre expressão e a liberdade de opinião desde que sejam pertinentes ao Naturismo autorais e assinadas.
Quer debater este assunto? Escreva para o e-mail cartas@jornalolhonu.com e deixe sua opinião.
NATUREZA ULTRAJADA
Por Paulo Pereira*
"Índias Brasileiras"(Labofarma). Ilustração de Heinz Budweg. As vozes índias são gritos da Natureza Indomável, das nossas raízes ancestrais muito vivas. Isso é História!
Na qualidade de velho Naturista, naturalista graduado, índio branco octogenário, registro solenemente a luta e o sacrifício exemplares do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, vítimas de malfeitores covardes, de vagabundos drogados, de traficantes apátridas que, na ausência frequente e mal explicada do Estado, agem impunemente na Amazônia, notadamente no Vale do Javari e em torno da reserva Yanomami, regiões de fronteira com o Peru, Colômbia e Venezuela, uma vergonha nua e crua!... A exemplo de Chico Mendes e da Irmã Dorothy, Bruno e Phillips fazem parte da História, e os gritos silenciosos da Natureza clamam por justiça, por uma reforma radical da política socioambiental brasileira sob rigorosa orientação científica, sem versões cínicas, sem perseguição aos povos indígenas, sem sustentabilidades frágeis, oníricas...
Ao falar de Bruno e Phillips, recordo e reverencio todos que têm dado a vida pela defesa da Natureza, princípio e fim, indiferentes às subjetividades humanas. É importante considerar que o verdadeiro desnudamento começa na mente, superando a cegueira intelectual e espiritual, sem medos e pudores inventados.
Tenho compromisso com a ciência, com a história, com os pioneiros afirmados, e rejeito versões fragmentárias, todas. Os verdadeiros naturistas devem cultuar o respeito pela Natureza e, inclusive, jamais repercutir as
falas esdrúxulas de alguns políticos profissionais, espíritos enfermos, que tratam os povos indígenas como problemas, como obstáculos ao progresso, e que até deveriam ser dizimados... Isso é genocídio, crueldade criminosa, atentado à humanidade, que não pode ser tolerado num Estado democrático. O caso de Bruno e Phillips deve ser um alerta sério, e uma oportunidade que todos nós temos, no Brasil, de promover o resgate da cidadania, do bom senso, da dignidade. As vozes índias, como sempre digo, e escrevo, não devem ser ignoradas, pois são gritos legítimos da Natureza indomável!... Naturismo é liturgia de vida, de Verdade Nua!
Prefiro o aroma das matas, dos verdes fartos, em lugar dos cheiros das gentes alienadas. Em vez da sistemática negação do natural, mostra-se urgente viver como a Natureza planejou, indiferente às subjetividades humanas. Ttestemunho, sereno, que vale a pena procurar aprender a ser índio, e desconjurar a ignorância sempre arrogante, e repudiar todas as formas de violência, todos os falsos pudores, toda a cegueira intelectual e, sobretudo, espiritual... Em vez da criação estúpida de demônios hipotéticos e deuses de barro, a sabedoria do silêncio nobre, sem a obsessão das sanções e pecados, a vida como uma oportunidade de evolução, a consciência plena de que os conceitos de matéria e energia, por exemplo, exigem enfoque superlativo, baseado na gradual evolucionabilidade, e seleção natural dos seres, sem quaisquer prodígios mágicos...
*Escritor, jornalista, biólogo, estudioso do Naturismo.
(enviado em 5/07/22)
O Naturismo vai ao teatro - de novo.
Os Naturistas da Grande São Paulo (SPNat) convida naturistas de toda parte que queiram ir ao teatro assistir uma nova peça de forma naturista.
O grupo de naturistas será recebido no dia 13 de agosto. Após a apresentação da peça haverá uma roda de conversa sobre naturismo com os atores.
Venha, reserve seu lugar.
SOBRE A PEÇA
Vestir os nus, peça de autoria de Luigi Pirandello, é a tragédia de Ersília, que, salva depois de tentar o suicídio, conta a uma jornalista uma mentira sobre o motivo que a levou a tal atitude. Entretanto, essa mentira, publicada no jornal, atinge outros personagens de sua vida que, então, vêm à procura dela, uns para exigir retratação, outros para tentar corrigir erros passados.
E, assistindo a tudo isso, um escritor, que pensava em viver um romance com Ersília, mas acaba por ver nela um excelente personagem para uma novela, um romance ou uma peça teatral.
Vestir os nus é a história de uma mulher que se vestiu
de muitas maneiras, todas muito adequadas à vida social, mas nenhum dos figurinos lhe caiu bem. Então ela, de novo, se despede da vida… nua… despede-se dizendo àqueles que assistem à sua morte que sigam e contem a todos que agora está morta aquela que não conseguiu se vestir.
(enviado em 11/07/22 via WhatsApp)
Teatro: Luz del Fuego novamente no palco
De autoria da naturista Márcia Mística, uma nova peça de teatro sobre a vedete Luz del Fuego, ícone do Naturismo brasileiro, poderá ser encenada em várias cidades do Brasil, mas depende de patrocínio para a produção. Mas inscrições para atores já estão abertas.
A peça Teatral Musical Luz Del Fuego Onde Tudo Começou consiste na montagem e apresentação de oito espetáculos que conta a trajetória da artista capixaba Dora Vivacqua, uma mulher libertária, cujos shows com cobras no pescoço num corpo seminu e ideias revolucionárias sobre a vida, marcaram a própria história, tornando-a um patrimônio cultural no Rio de Janeiro. O Musical, um drama emocionante contado sem preconceito, pelo olhar e vivência de Márcia Mística, uma naturista de século XXI, foi escrito após estudos e análise da autobiografia da artista, entrevistas com familiares e amigos vivos, leitura em notas e matérias de jornais e revistas da época. Luz Del Fuego a inesquecível vedete de revista, cuja história remete a uma reflexão profunda sobre o dano do preconceito na vida das pessoas que são submetidos a eles e a importância de quebrar paradigmas pela necessidade de aceitar e respeitar a diversidade humana.
A expectativa de alcance de público, segundo a produção, é de atingir a marca de 5.500 pessoas por temporada. A produção está orçada em cerca de trezentos e cinquenta mil reais e está em fase de captação de recursos.
A apresentação oficial do espetáculo está em arquivo PDF que pode ser acessado por aqui.
A peça pretende dar destaque ao município do Rio de Janeiro como importante berço cultural do Brasil, revelando mais uma artista internacionalmente conhecida: Luz Del Fuego, vedete do Teatro de Revista, que trouxe para o Brasil e para o mundo ideias revolucionárias e as tornou conhecida através do inédito espetáculo onde ela dançava com o corpo seminu envolto com duas cobras .
Um pouco da história de Dora Vivacqua, a Luz del Fuego
Dora vivacqua, em vida, protagonizou sua história artística de sucesso, escrevendo e publicando sua autobiografia, gravando um filme de sua autoria e direção ou em seus shows de casa cheia nos teatros. Seu sucesso de profissão aparecendo em notas e matérias de revistas e jornais importantes do país ,"escandalizava" o nome da família. Os poderosos políticos Vivacqua.
Após sua morte, a feminista Luz Del Fuego por sua singularidade, ainda é reconhecida no mérito de defender naquela época, o meio ambiente, os animais e o direito de igualdade no mercado de trabalho para homossexuais. Missão e princípios que a mantém viva até hoje, homenageada em sua memória por diferentes nichos. Ao longo dos anos mantendo o sucesso; protagonizando estudos, artigos científicos, filme com grande elenco e documentários. Na música, foi homenageada por Rita Lee, o que comprova a necessidade de manter acesa parte da história artística do Rio de Janeiro, Luz del Fuego.
O Projeto Luz Del Fuego onde tudo começou, consiste na apresentação da história de Dora Vivacqua, a menina que só sonhava em ser dançarina. Um drama emocionante, contado com uma pitada de humor e desprovida do olhar padronizado e preconceituoso da sociedade. A autora pretende revelar sentimentos internos da artista, que foi incompreendida pela família por fugir dos padrões comportamentais para uma mulher do passado mas que ainda é mantido até os dias de hoje. E apesar de sua luta a favor dos direitos das mulheres, sofreu feminicidio, um tema que merece ser abordado em palco, para que reflexão a plateia afim que o resultado possa ajudar a parar esta prática que deve ser combatida.
O Grupo Danç 'art contém equipe técnica com diferentes patamares de experiência com direção do experiente Cazé Neto. A obra tem caráter inclusivo a fim de fomentar oportunidades para novos talentos, como o coreógrafo Gabi Ribeiro. Os recursos financeiros recebidos serão devolvidos à sociedade através do desenvolvimento e da ascensão artística de forma igualitária; com apologia a um melhor convívio social e familiar de respeito mútuo. Além de levar o acesso ao teatro de boa qualidade e alimentos a um público de baixa renda.
A Famosa Ilha do Sol de Luz del Fuego
OB JET I V O:
- Apresentar o conteúdo historico cultural de uma artista que ganhou fama internacional por sua arte inovadora, irreverencia e pensamentos humanistico a frente de seu tempo.
- Proporcionar acesso ao teatro de diferentes classes sociais por meio da democratização de acesso.
- Realizar a montagem que proporcione uma reflexão sobre os diversos tipos de preconceitos assim como as consequências na vida de quem os sofrem.
- Fortalecer a memória nacional artística, sobre a trajetória de vida e a morte da dançarina Luz Del Fuego e o seu legado.
- Resgatar a história da arte e divulgar o gênero Teatro de Revista que foi mundialmente famoso no seculo XX por seus espetáculos musicais com figurinos extravagantes.
PÚBLICO
o público esperado será composto por artistas, produtores culturais, pensadores, psicanalistas, filósofos, críticos de arte, curiosos, fotógrafos, terapeutas, fonoaudiólogos, médicos, escritores, pensadores, empresários, estudantes, professores e profissionais e de comunicação, design, pessoas e grupos ligados ao movimento LGBTQI+ que combatem
a homofobia, alunos de escola pública. O público será a partir de 16 anos e heterogênio quanto à faixa etária.
FICHA TÉCNICA
DIREÇÃO: Caze Neto
PRODUÇAO EXECUTIVA : Márcia Mística
COREOGRAFIA: Gabi Ribeiro
ILUMINAÇÃO: Giba de Oliveira
CENÓGRAFO: Martingil Egypto
FIGURINISTA: Jairo Pereira
SONOPLASTA: Andre Calvacante
DIRETOR MUSICAL: Márcio Eduardo Melo
REALIZAÇÃO: Luzcamera&açã0
Produtora, Autora e idealizadora
Márcia Mistica -
Atriz, que também está há 2 anos trabalhando no mercado de Produção Cultural Áudio Visual em filmes, como produtora artística nos filmes, Zumbi Quilombo dos Palmares, No Limite do Medo e ANOA 2. Através de pesquisas sobre a atriz e dançarina de Luz Del Fuego em inúmeras fontes, sentiu o desejo de escrever para o teatro, um drama que revelasse toda trajetória de vida da exótica artista que marcou a história Dora Vivacqua internacionalmente. Como aurora, estreia no teatro com sua primeira obra, onde além de idealizadora assume a produção executiva deste Musical.
(enviado em 20/07/22 via WhatsApp)
Vem aí mais um edição do
Tambaba Open de Surf Naturista
Após 2 anos de adiamento, a 13ª edição do Tambaba Open já tem data definida para acontecer em 2022: dias 10 e 11 de setembro. Idealizado pelo Movimento Nu, Naturistas Unidos, O Tambaba Open foi apresentado pela primeira vez em 2008, quando da realização do 31º Congresso Internacional de Naturismo em Tambaba – Conde/PB. Trata-se da maior competição de surfe naturista do mundo que é aguardada com muita expectativa pelos praticantes do surfe ao natural e e que volta acontecer em Tambaba após o retorno da normalidade pós pandemia.
(reenviado em 19/07/22 via WhatsApp)
Vereador propõe fim do naturismo na praia do Pinho, em Balneário Camboriú
Anderson Santos (Podemos) justificou que a praia perdeu a configuração de naturismo e não atrai mais turistas como antigamente
Img: Reprodução/ND
Praia do Pinho, uma das mais badaladas praias de naturismo do Sul do país
O vereador Anderson Santos (Podemos), de Balneário Camboriú, no Litoral Norte catarinense, protocolou um PLC (Projeto de Lei Complementar) que busca descaracterizar a praia do Pinho como sendo de prática de naturismo, tornando-a de amplo e livre acesso, sem restrição de entrada ou permanência no espaço.
No texto, o vereador justificou que “as praias de nudismo/naturismo possuem um turismo específico, assim como regramentos impolutos [regras de não poluição], contudo, não é o caso atual da Praia do Pinho”.
No PLC, Anderson Santos diz que a praia não está mais atraindo o público específico que movimentava um
turismo considerável para Balneário Camboriú, sugerindo que altere a atual configuração.
A prática de naturismo na praia do Pinho começou no início da década de 1980. O local tem cerca de 500 metros de extensão, possui mar com ondas fortes e, de acordo com os frequentadores, há privacidade, pois é cercado por costões e vegetação.
Anderson Santos exemplificou, assim como mostrou a reportagem do ND+, que há cada ano o local vira notícia pela cenas de sexo explícito, que incomoda moradores nos arredores.
“Cada ano muitas são as notícias divulgadas na imprensa local sobre a utilização deste espaço como um ambiente de promiscuidade exacerbada, sexo explícito, uso de drogas ilícitas e grandes acúmulos de resíduos sólidos (recicláveis, não recicláveis e muitos rejeitos), o que acabou por desconfigurar aqueles princípios basilares de uma praia de naturismo”, defende o vereador.
Qualidade da praia pode atrair mais turistas, diz vereador
Anderson Santos acredita que se a praia do Pinho fosse aberta à comunidade em geral, poderia concorrer no Programa Bandeira Azul, que condecora praias com balneabilidade e acessibilidade.
“Cabe frisar que esta praia possui excelente qualidade de água, sendo uma das praias com melhores índices de balneabilidade do município. A prática do nudismo impede esta certificação, uma vez que o Programa exige acesso livre”, finalizou.
Veja o Projeto de Lei Complementar na íntegra.
(enviado em 17/07/22 via WhatsApp)
Primeira marcha nua em Guadalajara para promover a aceitação de corpos
O organizador destacou que eles buscam “desnudar a mente dos preconceitos” de todas as pessoas
Fonte: Portal Os Naturistas
Com o objetivo de promover a aceitação de todos os corpos , deixando de lado os preconceitos estéticos, aconteceu no sábado, dia 2 de julho, a primeira marcha nua da Comunidad Naturaleza Nudismo de Guadalajara, em Jalisco.
A concentração foi na Plaza Liberación da pérola de Guadalajara às 10:00 da manhã do dia 2 de julho. A partir daí, uma centena de participantes desfilaram no chamado Dia da Marcha Nua vestindo apenas sapatos, tênis, chapéus ou algum outro acessório.
https://twitter.com/quierotv_gdl/status/1544029629882703873?s=20&t=Dw-tGn3Yrq4iudoqXysmHw
Desta forma, eles esperam que esta marcha não seja a última, mas que se repita em Guadalajara e que outras entidades no México a reproduzam.
“O objetivo desta marcha é despojar a mente dos preconceitos que nos foram atribuídos desde que nascemos.”
“Todos nascemos nus, o pensamento comum é que a nudez por si só é ruim, acho que essa ideia foi transmitida em muitos problemas sociais, de auto-estima, de abuso, hipersexualização do consumismo do corpo, e é uma ideia lucrativa para as empresas que
Durante a viagem ao Minerva, lançaram vários gritos e palavras de ordem, para conscientizar a população sobre a negatividade de julgar o corpo alheio, bem como para pedir que o corpo nu não seja visto com "tara".
“A primeira marcha de nudismo em Jalisco cumpre o objetivo de tornar a nudez visível onde as pessoas se sintam confortáveis em sua pele e que o nudismo seja visto como uma prática natural e não com um sentido lascivo como é comum”, disse à mídia local La Verdad, Héctor Martínez, presidente do grupo.
vendem coisas que não precisamos. Queremos quebrar essas ideias e queremos tirar o preconceito ”,
Apesar de ter sido a primeira marcha de nudismo realizada na cidade, recentemente foi realizada a World Naked Bike Ride , na qual os participantes vieram parcialmente nus para exigir que fossem respeitados ao andar de bicicleta.
Sob os slogans “ Agora, sim, você consegue me ver” e “ Nu diante do trânsito ”, o WNBR México convocou
uma mega sessão na Cidade do México e Guadalajara, no que representa um movimento internacional que também envolve cidades como Vancouver, no Canadá ou Saragoça, na Espanha.
A manifestação consistiu em os participantes, de forma civilizada, cívica e pacífica, andar de bicicleta nus ou seminus ou qualquer forma de locomoção humana como patins, skates ou patins, e fazer um passeio pelas principais ruas de sua cidade.
À semelhança da marcha nudista a favor da aceitação dos corpos, a participação foi voluntária e instou-se a quem compareceu a manter medidas sanitárias como o uso de máscaras faciais, distanciamento social ou uso de gel antibacteriano para prevenir possíveis infeções por COVID-19 .
Também foi solicitado aos participantes e em parte aos especatdores que não praticassem atos que pudessem ser considerados assédio diante da nudez . Da mesma forma, funcionários da Secretaria de Segurança Cidadã protegeram os participantes.
A Pedalada pelada lembra ano após ano que muitos
ciclistas morrem atropelados. Só na capital do país, o Ministério da Mobilidade registou oficialmente a morte de oito ciclistas só no primeiro trimestre de 2022 (em 2021 o número anual era de seis).
Via Infobae, editora N
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(enviado em 6/7/22 via WhatsApp por Os Naturistas)
Lute pela manutenção do Naturismo na praia do Pinho
Naturismo na Praia do Pinho em Balneário Camboriú pode ser proibido
(veja matéria publicada em NATPraias)
Vamos lutar para manter o naturismo na praia do Pinho e exigir que o poder público se faça presente e atuante.
Projeto de lei apresentado pelo vereador Anderson dos Santos (Podemos) PL Complementar nº 10/2022, quer proibir a prática de naturismo na Praia do Pinho, primeiro reduto reconhecido por lei, no Brasil, onde as roupas ficam no lado de fora. A praia é frequentada pelos praticantes de naturismo desde o início da década de 1980, há 40 anos.
Na justificativa, o parlamentar diz que a praia vem sendo cenário para uso de drogas e se transformou em um espaço de “promiscuidade exacerbada”. “Esta praia não está mais atraindo o público específico de outrora que movimentava um turismo considerável à cidade e à região, cabendo, portanto, que se altere sua atual configuração”, diz o texto.
O naturismo na Praia do Pinho tem regras e código de ética para impedir comportamentos inadequados, que funcionaram ao longo de décadas. Mas novos frequentadores não estão respeitando as normas.
É uma grande perda porque é a primeira praia naturista e que ficou conhecida mundialmente e ainda hoje atrai turistas do mundo todo para conhecer a Praia do Pinho.
O que falta é policiamento e limpeza por parte dos órgãos públicos, os quais já foram solicitados por diversos ofícios. Se a praia do Pinho não for mais naturista haverá policiamento e limpeza? Se houver, significa que os direitos não são iguais para todos e que o poder público está discriminando os naturistas.
Clique no link a seguir e assine o abaixo-assinado agora! Praia do Pinho = NATURISMO (avaaz.org)
(enviado em 18/07/22 via WhatsApp)
EtnoTurismo na Aldeia Tapaxó
(enviado em 11/07/22 via WhatsApp)